Pequeno estudo estatístico sobre a evolução do número de alunos no concelho de Rio Maior, no setor privado e público de educação.
Coligi os dados que se seguem a partir da Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, no site:
(http://www.dgeec.mec.pt/np4/96/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=145&fileName=ReN_Vol_IV_Alentejo_1314.pdf.)
Representam a evolução do número de alunos no sistema privado e público de ensino no nosso concelho, numa tendência preocupante de transferência de alunos do setor público para o privado, tanto para estabelecimentos dentro do concelho (nomeadamente ao nível do pré-escolar e 1º ciclo) como para estabelecimentos situados nas zonas limítrofes do concelho no caso do 3º ciclo e ensino secundário (colégios de Tremez e A-dos-Francos do grupo GPS), a que se somará o efeito da evolução demográfica descendente.
Embora no nosso concelho não se encontrem ainda disponíveis escolas ao abrigo dos famigerados contratos de associação, a verdade é que foram proliferando por esse país fora, numa lógica anti-constitucional, já que a nossa lei fundamental prevê a existência de uma rede pública de escolas sob a alçada do Estado, a qual se encontra ameaçada pela autorização do MEC de mais e mais destes sorvedores dos dinheiros públicos e dos diretos dos trabalhadores (professores e outros), esmagados pela lógica do lucro.
Vejam-se os seguintes exemplos (adaptado de http://fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=226&doc=9929):
- No concelho de Coimbra foram entregues aos operadores privados 48 turmas; as escolas públicas têm ainda capacidade para 80 turmas.
- Em Viseu contratualizaram-se 14 turmas, havendo capacidade para 22 nas escolas públicas.
- Em Porto de Mós contratos para 13 havendo capacidade nas públicas para 18.
- Na Guarda contratos para 4, capacidade pública para 8.
- Em Cantanhede: contratos para 10, capacidade pública para 13.
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